Alguém gosta de ser interrompido quando está a falar? Mesmo que seja pelo silêncio.
Embora goste muito de falar, sempre possuí uma incrível paciência para ouvir. Por um lado por ser curiosa e gostar de pensar nas coisas antes de as dizer, por outro lado porque percebo que as pessoas precisem de alguém com quem falar, pois eu própria também preciso. E muitas vezes esse alguém não aparece no momento em que me apetece falar. Portanto, resta-me escrever, às vezes até rabiscar... SIm, hoje testemunhei os meus rabiscos como forma evidente de expressão pois não podia falar.
Assim estava eu numa aula, uma aula de polémica teórica, onde o professor é o mais polémico de todos e não consegui expressar-me verbalmente de tal forma que cheguei ao ponto de rabiscar mais o caderno do que tirar apontamentos. E sempre que eu não concordava com o que se dizia desviava o olhar da aula e refugiava-me no meu caderno a rabiscar. O pior é que esgotei a página na primeira hora de aula e agora estou numa incrível sensação de mal estar por não ter dito o que penso. Gostava de conseguir perceber até que ponto a culpa é minha. Pois acho que a culpa é essencialmente minha, mas gostava de estar no conforto de pensar que não, que apenas havia sempre alguém a sobrepôr-se à minha voz...
Quando casos semelhantes a este sucedem no dia-a-dia sinto-me ainda mais furiosa comigo própria. Mas quando me calo é simplesmente porque penso "não vale a pena". Será que esta minha forma de protesto silencioso chega a alguém. Será que é percebido? Ou será que passo apenas por uma pessoa pacífica, muito calma, para quem está sempre tudo bem?
Uma vez disseram-me que eu era muito radical, só porque tinha cortado o cabelo, mas será que é mesmo isso que se passa comigo? Ser muito radical nas minhas relações: ou sou o centro das atenções ou me calo?
mmmmm.....
Acho que já gostei de dar espectáculo (e apreciei bem esses momentos). Gosto muito de ouvir.
Será tudo uma questão de mimos? Meus ou dos outros? Ou será falta de atenção para o meu espectáculo? Espero que não seja revolta...
Quero encontrar o equilíbrio que me afirme enquanto "eu" mas que não me afaste do mundo.
Embora goste muito de falar, sempre possuí uma incrível paciência para ouvir. Por um lado por ser curiosa e gostar de pensar nas coisas antes de as dizer, por outro lado porque percebo que as pessoas precisem de alguém com quem falar, pois eu própria também preciso. E muitas vezes esse alguém não aparece no momento em que me apetece falar. Portanto, resta-me escrever, às vezes até rabiscar... SIm, hoje testemunhei os meus rabiscos como forma evidente de expressão pois não podia falar.
Assim estava eu numa aula, uma aula de polémica teórica, onde o professor é o mais polémico de todos e não consegui expressar-me verbalmente de tal forma que cheguei ao ponto de rabiscar mais o caderno do que tirar apontamentos. E sempre que eu não concordava com o que se dizia desviava o olhar da aula e refugiava-me no meu caderno a rabiscar. O pior é que esgotei a página na primeira hora de aula e agora estou numa incrível sensação de mal estar por não ter dito o que penso. Gostava de conseguir perceber até que ponto a culpa é minha. Pois acho que a culpa é essencialmente minha, mas gostava de estar no conforto de pensar que não, que apenas havia sempre alguém a sobrepôr-se à minha voz...
Quando casos semelhantes a este sucedem no dia-a-dia sinto-me ainda mais furiosa comigo própria. Mas quando me calo é simplesmente porque penso "não vale a pena". Será que esta minha forma de protesto silencioso chega a alguém. Será que é percebido? Ou será que passo apenas por uma pessoa pacífica, muito calma, para quem está sempre tudo bem?
Uma vez disseram-me que eu era muito radical, só porque tinha cortado o cabelo, mas será que é mesmo isso que se passa comigo? Ser muito radical nas minhas relações: ou sou o centro das atenções ou me calo?
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Acho que já gostei de dar espectáculo (e apreciei bem esses momentos). Gosto muito de ouvir.
Será tudo uma questão de mimos? Meus ou dos outros? Ou será falta de atenção para o meu espectáculo? Espero que não seja revolta...
Quero encontrar o equilíbrio que me afirme enquanto "eu" mas que não me afaste do mundo.
