2019/06/08
2013/07/20
Pipocas doces
Tenho 29 anos, estou desempregada e vivo com os meus pais. Dedico uma parte do meu tempo diariamente a ter pena de mim e a questionar-me sobre o porquê de ter a vida que tenho. A tentar perceber o que correu mal e a menosprezar tudo o que correu e corre bem.
Numa fase especialmente delicada em termos de finanças familiares e de dúvida sobre qual deve ser o meu papel, quando dou por mim a achar-me uma coitadinha porque passo a ferro em vez de dar uso à licenciatura e ao mestrado, encontro-me quando finalmente vejo os meus pais sorrirem por qualquer coisa que eu fiz. Eram só pipocas de microondas, mas a gulodice trouxe pelo menos sorrisos matreiros, para triste já chego eu.
Só então me lembrei que não via o meu pai sorrir com vontade há algum tempo. E então lembrei-me que talvez ele seja mesmo corajoso, perante as adversidades por que já passou. E lembrei-me de que talvez uma parte da minha tristeza seja por achar que não lhe dou motivos para sorrir.
2012/01/13
Inevitavelmente
Tinha que voltar a escrever aqui. Até porque Janeiro é o mês dos gatos. E volto com um filme de terror protagonizado pela poesia infantil.
Além do "atirei o pau ao gato" e d'"as cuecas do juiz embrulhadas no jornal", lembro-me sempre do "Era uma vez um cavalo que vivia num lindo carrocel. Era tão lindo e tão belo, cavalinho, cavalinho de papel. A correr, a saltar, cavalinho não saía do lugar.".
Será que explica o facto de eu não gostar de palhaços, à exceção do Batatinha? Acho que uma vez me mascararam de palhaço e eu desatei a chorar em frente ao espelho. Se hoje visse o Batatinha na rua, provavelmente fugiria, em vez de começar a chorar.
Dizem "quem anda à chuva molha-se". Pois o cavalinho de papel é apenas uma peça de origami.
2007/08/30
Para mim, este final encontrava-se iminente. Então, desde a última mensagem que aqui escrevi que tenho andado a pensar no que escrever na minha despedida, embora talvez não se trate da minha despedida, mas apenas a despedida de um blog.
Continuo a considerar que tenho uma vida abaixo de gato, pois muito embora sejam animais domésticos, têm uma liberdade e uma independência fantásticas. O Tico e a Cinha que me acompanhavam no início deste blog já morreram há muito, tendo levado no estômago o Hilário, que era o meu canário. Entretanto tive mais dois pássaros, mas acabaram também por falecer... Houve ainda a gatinha branca chamada Titinha que, de tanto ser lavada pela minha mãe, fugiu de nossa casa. Além destes animais tínhamos também um cão, Tito, um cão muito brincalhão e um excelente cão de guarda. Mas foi atacado por um bicho e depois de ter sido tratado no veterinário acabou também por morrer. Agora, sem nenhum animal doméstico, sinto muitas saudades de todos estes bichos.
O blog termina então, pois tornou-se numa coisa um pouco triste e amarga que muito pouca gente lia. Acho que houve algumas pessoas ainda a apreciar as fotografias também.
Eu ainda não acabei o meu curso, uma malograda licenciatura pré-Bolonha.
Já agora, que escrevo sobre o final de um curso, gostava de deixar uma pequena referência ao espírito académico. Não tenho absolutamente vontade nenhuma de ir à Bênção das Fitas, nem de trajar. A explicação daria um novo blog, mas fica aqui registado o meu pensamento. Vamos ver se em Maio tenho vontade ou não.
De qualquer modo agradeço a todos que passaram por aqui e até qualquer dia.
2007/07/26
Hoje em dia fala-se em pegada humana, mas antes disso só se falava no buraco do ozono. De qualquer modo, é engraçado ver a preocupação que o ser humano passou a ter com o seu habitat vinte e oito anos depois de ter chegado à lua. E os apelos que se vão proliferando valem a pena? Eu acho que sim, mesmo que o efeito não seja imediato. Acho até que é bastante importante fazer-se algo para que o mundo possa ser melhor, e o mundo não é só a Terra, é o mundo... Não podemos fazer nada pela lua, mas pela Terra eu acredito que sim.
2007/05/15
Estudei há pouco um texto intitulado "Conflitualidade Resolúvel". Este título é tão abrangente como "Convicção, segurança e auto-estima". O referido texto tratava da dificuldade em renovar ou introduzir infra-estruturas técnicas em edifícios a restaurar ou reabilitar.
Então, poderia falar, por exemplo, da insegurança que há ao se tratar um tema como a cidade de Lisboa. Insegurança quanto ao seu futuro, mas a certeza de que há muitas formas de a olhar. Para mim Lisboa é uma cidade linda, cheia de gente, gente distante, snobe e antipática; uma cidade cheia de ofertas culturais, onde posso encontrar qualquer filme que queira, qualquer livro, mas onde não tenho tempo nem companhia para aproveitar esse brinde. Mas é realmente uma cidade, em termos físicos, de que gosto.
No entanto, a verdade é que Lisboa funciona para mim como uma barreira física que me separa do meu lar, do meu ninho, daquilo que gosto. É esta barreira que me faz pensar muitas vezes "mas por que raio quis eu o curso de arquitectura em Lisboa?", "como é que eu previa que as coisas seriam para ter tanta convicção naquilo que queria?".
Dei por mim a pensar nisto depois de ver um excerto do filme "Alice". Já tinha tentado ver na televisão, mas acabei por adormecer… Neste dia, já sem sono, em que revi um pequeno excerto e li comentários do realizador, percebi que realmente para mim Lisboa é tudo aquilo - um nada cinzento em que vagueio sozinha para chegar a um objectivo…
Anseio pelo dia em que vou perceber se Lisboa me fortaleceu e fez crescer, ou se me tornou mais mimada, fechada e egocêntrica.
Quanto à auto-estima, é um conceito estranho para mim. Por definição, será a estima que sentimos por nós próprios. Então, se pensarmos que nós nos controlamos, devemos gostar sempre de nós… Caso contrário, não temos assim tanto autocontrolo ou não desejamos o melhor para nós. Faz sentido?
Mas eu acho que a auto-estima depende mais dos outros do que de mim. Se toda a gente me sorrir, me admirar, me apoiar, então pode vir alguém mal-encarado que não afecta nada - terei a minha auto-estima no alto. Mas isso seria hetero-estima… Que raio!...
Actualmente, e já há algum tempo, a minha auto-estima anda em baixo. E estive a tentar perceber porquê e desde quando. E acho que percebi.
Por alturas da discussão nacional relativamente à despenalização do aborto, escrevi a minha opinião numa espécie de fórum na internet. E houve alguém que, sendo assim, não me conhecendo, escreveu a sua opinião como resposta à minha, referindo-se a mim como sendo uma monstrinha anti-democrática, chegando mesmo a ser ofensivo. Quando li essa resposta, apesar de ver que tinha sido mal interpretada, só me apeteceu chorar e recriminar-me. Entretanto, mostrei o que se passava a quem me conhece, na esperança de ser defendida ou compreendida. Mas quem me conhecia ainda me deu mais na cabeça, achando que a minha opinião era exagerada e que no fundo "eu estava a pedi-las". Acho que desde então não me recompus. Por isso, a minha confusão da auto-estima. Será que a auto-estima é aquilo que permanece quando todos nos largam a mão ou aquilo que fica quando todos no-la dão? Seja como for, somos nós próprios que desencadeamos essas situações, ou não?
E assim uma coisa estúpida, a chamada merdice, tem-me atormentado há meses. E cada vez mais a pergunta se impõe "porquê".
Pode ser que para a próxima, quando tentar falar sobre "convicção, segurança e auto-estima", seja uma dissertação sobre o papel que as derrotas e vitórias do Benfica têm sobre os benfiquistas.
2007/01/08
2006/12/30
demonstrem tudo o que faz por f+e=d. Às vezes basta saber f para chegar a d.
E se um dia z disse x.y a alguém que era x, não precisa de ver x.y, só precisa de ver k em x.y=k.
Mas por muitas equações que se escrevam, nunca hei-de perceber quando falar e quando ficar calada. Daí o endereço deste blog, calara. Se calei tenho que escrever... Porque muitas vezes o diálogo pode ser considerado ofensivo, prepotente, hipócrita... e são raras as pessoas que encaram o diálogo como uma forma de chegar a soluções.
2006/11/08
No entanto, cada uma destas pessoas paga impostos. E provavelmente tem direito a um país muito melhor. Peguemos no exemplo da construção. Um dos elementos mais importantes de uma cidade é a rua: grandes vias, avenidas, ruas de peões, escadas... Para funcionarem bem as ruas têm que ser de qualidade, têm que permitir a um automóvel a percorra em condições de segurança e a velocidades maiores ou menores consoante a sua escala, têm que dar segurança a um peão, mesmo aos incapacitados e, no fundo, têm que permitir que os fluxos de entrada e saída das localidades fluam. Então para quantos anos se pensa esta infra-estrutura? 50? 100?
Por outro lado temos os edifícios. Quantos anos durarão? Se for um edifício público mais, se for uma habitação menos.
Então porque é que as nossas estradas estão sempre tão más? Seja em Lisboa ou no Porto, no interior ou no litoral... o piso de uma estrada (que em muitos casos é a única coisa existente - um piso para a circulação de automóveis) dura... 3 anos, se tanto. Poderão dizer que há sempre uma manutenção a efectuar. Mas de 3 em 3 anos? Em que estrada?
Este exemplo foi apenas para referir que muitas vezes me parece que se pensa ao contrário em Portugal. Ainda bem que não somos só mais um país europeu, mas gostava no que se refere ao pensamento estratégico a longo prazo fossemos um bocadinho mais europeus. Porque eu quero viver em Portugal e acho que Espanha está muito bem onde está.
2006/07/31
O incrível deste Verão é a possibilidade de em 5 minutos, sem mudar de poiso num qualquer festim a um qualquer santo, poder ouvir músicas de José Malhoa e logo a seguir Bob Sinclair e volta José Malhoa e segue para Shakira.........! E porque não, ainda no mesmo poiso, mas um pouco mais tarde, Gnarls Barkley?
Pois é, férias e Verão serão sempre os temas mais elogiados neste blog!
A fotografia fica só para ilustrar um pouco deste meu Verão. Lindo mosteiro em tão bela Alcobaça!
2006/06/22
2006/06/20
Ora, mas afinal o que é isso da complacência? Segundo o dicionário: disposição ou acto de comprazer; benignidade; benevolência; condescendência; agrado; apreciação lisonjeira. Com esta definição eu fico basicamente a saber o mesmo, porque acaba por ser uma coisa um bocado vaga... E condescendência o que é? Mais uma vez segundo o dicionário: acção de condescender; complacência; transigência. Um bocadinho mais concreto... Mas a verdade é que se eu continuar à procura de definições no dicionário não vou muito longe... Porque há-de haver sempre uma palavra ou outra cujo significado eu não sei exactamente qual é. Pois é... O problema dos dicionários é que não explicam o significado de uma palavra, arranjam outras palavras ainda mais rebuscadas para definir um mero substantivo.
Então, uma pessoa quando escreve tem que ter muito cuidado na escolha das palavras... E quando fala, também será assim? E quando ouve? Há que ter cuidado ao ouvir? Mas sendo assim tem que se ter muuuuuuuuuuito cuidado...
Pronto, agora que já corrigi aquilo que tinha escrito já estou mais descansada.
2006/06/11
É uma forma estranha de começar. Distraída como sou, só ontem me apercebi que por mais regras de jogo que saiba, por mais jogos a que assista ou por mais oportunidades que tenha, eu, de facto, não nasci para praticar desporto. E a explicação até é bem simples... o meu corpo não nasceu programado para isso. Também ainda não sei para o que é que foi programado, mas espero um dia descobir. Assim, por muita vontade que tenha para correr ou por muita vontade que tenha de ganhar, isso não me vai servir de muito, porque o corpo não corresponde a essas aspirações. E pode ser a lançar o dardo ou a jogar badminton, o melhor é mesmo não ter ilusões. Isto não quer dizer que eu deixe de me divertir, mas muda completamente a perspectiva das coisas.
2006/05/30
Sendo assim, gostava de falar de uma coisa que me acontece constantemente: parecer que me cai tudo em cima. Sempre fui, sou e serei, daquelas pessoas que tentam fazer-se de fortes em qualquer situação. Seja porque acabaram de me dar uma chapada, porque me disseram coisas horríveis, ou porque estou mal com o mundo. Tento sempre não deixar transparecer os meus dramas. Isto porque acho que cada pessoa tem as suas infelicidades, não é necessário andarmos sempre a lamentar-nos dos nossos próprios problemas. Além disso, ao tentar ser forte, posso realmente tornar-me forte, enquanto que assumindo totalmente a minha fraqueza, serei sempre fraca. É só o que eu penso...
A questão é que com esta minha atitude, com esta minha máscara, que só alguns (muito poucos mesmo) reconhecem, parece que nunca nada me atingirá e que aconteça o que acontecer eu aguento. Então, quando eu sei que estou mais preocupada com alguma coisa, quando eu estou triste por algum motivo, quando faço alguma coisa mal, e não o revelo ao mundo como sendo o centro do seu girar, parece que ainda atraio mais preocupações, mais discussões... Nunca, e tenho a certeza disso, nunca ninguém foi complacente comigo. É essa a sensação que eu tenho.
Acho que se põe aqui em causa a responsabilidade dos nossos actos. Pois se eu não pareço fraca, se quero ser forte, porque há-de alguém ser mais compreensivo comigo, já que não sabe da minha tristeza?
Não é aqui que vou encontrar respostas. Mas começo a pensar se não devo começar a "fazer ronha"... parece-me um método que resulta para muita gente.
Isto tudo para dizer: está a cair-me tudo em cima, estou triste e ainda ninguém percebeu.
2006/05/20
Eu nunca tive muito tempo, porque no fundo já dedicava o meu tempo às coisas de que mais gostava. Mas agora que me vi obrigada a arranjar tempo quase só para uma coisa, como sinto vontade de fazer todas as outras...
Muita gente deve saber o que isto é. Uns porque trabalham demais, outros porque não podem trabalhar, outros sei lá... Mas também haverá gente com a vida equilibrada.
A minha questão é: devemos ceder aos nossos desejos ou às nossas vontades repentinas?
Digo isto, e para que não haja confusões, porque para quem não sabe fui jogadora de andebol até a um tempo recente. E apesar de não me ter trazido só felicidades (pois é, malandras das lesões), trouxe-me muitas coisas boas. Mas se um dia voltar, não quero nada que..., aliás, quero muito sentir...., bem, como qualquer desportista gostava de me sentir necessária. Não sou como futebolistas algo pretensiosos da minha idade que querem subir na vida; só quero sentir que eu estava lá e de uma forma ou de outra participei na minha equipa. Eu também não posso ser pretensiosa, mal de mim se o fosse...
Portanto, o que interessa é o aqui e o agora. E neste momento o que me interessa mesmo é o fim do ano lectivo. E mais uma série de coisas, não consigo evitá-lo. Aaaaai...!
que fotografia tão velhinha!
2006/05/14
Ah espera...! Houve caca!
Parabéns Co.
2006/01/14
Estas fotografias foram-me úteis cada uma da sua maneira. A escadaria de Santo Amaro, o arco da capela de Santo Amaro, uma pequena casa nos seus arredores e, contrastando, o afamado Bairro das Estacas. Julgo que as imagens falam por si, mas há uma que tem uma história mais peculiar.
Quando fui tirar fotografias a um arco da capela de Santo Amaro em Lisboa movia-me o dever de estudar um arco histórico numa cadeira estrutural. No entanto, quando me viram aproximar-me e tentar medi-lo fui convidada a entrar e ver a capela, que muito me interessava. Então aceitei o convite, e mesmo arriscando-me a atrasar-me para as aulas, aceitei as palavras sábias de história do sacristão. Ali encontrei uma verdadeira casa de Deus, tão singular e pequena, mas cheia encantos. Aquilo a que se chama um paradigma...
Para se chegar à capela de Santo Amaro de Lisboa, podem subir-se estas escadas. Achei-as muito interessantes. Já as tinha subido mais vezes, mas quando vi este senhor nesta vontade de subir foi diferente. São das poucas, mas ainda existentes, ruas pedonais, e ainda mais raras, em escadaria. Bonito.
Ainda nas minhas deambulações em volta da capela, encontrei este pátio amoroso que aqui faz todo o sentido lado a lado com o Bairro das Estacas. Aqui se vê a heterogeneidade da cidade de Lisboa, pois que estando distantes no tempo e no espaço, estas duas habitações continuam a fazer parte da mesma cidade e a ser ninho para as mesmas pessoas.
2006/01/11
2005/11/14
A situação de secretaria que descrevi revoltou-me bastante. No início tentei ser forte, mas logo tudo parecia desmoronar à minha volta. Agora, estou a tentar levantar-me dos destroços que ficaram. Espero ter força e coragem para tal. Espero e hei-de ter! E hei-de ter tanta energia e autonomia como tinha no 2º ano! YEY!
2005/10/31
2005/10/28
2005/10/02
2005/09/24
Foi quanto o Santana Lopes teve nas últimas eleições legislativas, não foi? Bem, ele sobreviveu, apesar de tudo. Parece que nos caiu tudo em cima, já dizia o outro...
Aaaaaai
2005/09/22
Em três meses tanta coisa mudou, estando a maioria exactamente na mesma.
O bronze está igual, a ansiedade mais ou menos. O cabelo não tarda nada volta ao mesmo... Mais umas roupitas, menos outras...
O que me inquieta mesmo é o que muda nas pessoas antes e depois de algo acontecer. Antes do Verão estava cheia de expectativas, de esperanças, de vontades. E agora... estou cheia de medo porque só... digamos que... 70% do que eu gostava que acontecesse aconteceu.
É verdade, sou bastante exigente. Comigo, com os outros... Por isso toda a gente que me conhece sabe como sou difí?cil de aturar. Mas é assim a vida.
Gostava de aproveitar para me despedir do sol, que agora vai ficar um bocadinho mais longe... E uma vez que este ano se contam pelos dedos as minhas idas à? praia, porta-te bem aí pelo Hemisfério Sul que para o ano quero-te cá outra vez. Aproveita e vê se tratas é de acalmar os furacões, os tufões e outros que tais.
Só mais uma coisa, não te esqueças do Verão de S. Martinho...
2005/06/02
Falta-me algum botão onde possa trocar os meus estados de espírito? Eu acho que sim.
Há alguém que queira inventar isso?
Não... acho que isso ia fazer de mim um robot e eu ainda gosto de ser humana.
2005/05/29
Mas desculpa lá, NINGUÉM PÁRA O BENFICA, NINGUÉM PÁRA O BENFICA...
Para o ano há mais! Muuuuuuuuito mais!
2005/05/24
Irritam-me as relações por interesse que existem na faculdade. Irrita-me a irresponsabilidade dos meus colegas. Irritam-me os trabalhos de grupo. Irrita-me, ainda mais, a irresponsabilidade dos professores, os professores!
Que no futuro eu saiba lidar melhor com estas situações, já que pedir para que elas deixem de existir seria pedir demais... Uma andorinha não faz a Primavera... E, além disso, quem semeia ventos colhe tempestades. E por tempestades já me chegam as da hipocrisia, quanto mais as da rebelia ou da solidão. Se bem que... quase sozinha já eu estou...!
FORÇA BENFICA LA LA LA LA LA LA LA FORÇA BENFICA LA LA LA LA LA LA FORÇA BENFIIIIICA LA LA LA LA LA LA....
2005/05/23
2005/05/15
Também queria aproveitar para referir que assisti, mais uma vez, a um excelente concerto dos JIM DUNGO, o que é sempre uma boa forma de festejar. Eles são uma banda já com alguns anos, não têm originais, mas tornam seus os temas de outras bandas. São uma banda de espectáulo e alegria, gente porreira...
Aaaai!... E o fim de semana já lá vai. E este posso dizer: foi muito bom!
2005/05/05
Desde já, aconselho o filme, pois é de extrema qualidade. Mas aviso os mais sensíveis, como eu, de que se trata de um filme extremamente intenso, forte e violento, tanto a nível da acção da guerra como a nível ideológico.
Eu era uma daquelas alunas que passava as aulas de história maravilhada com o passado. Infelizmente nunca me ensinaram muito bem o que foi o século XX (também não creio que fosse possível, pois não está assim tão longe). E mesmo aquilo que me ensinaram eu não gostei. Para mim a 1ª Guerra Mundial será sempre associada a uma imagem de um livro de história. Nesta encontravam-se soldados em trincheiras, com máscaras de gás e tudo era destruição, arame farpado e cinzento... É engraçado como a impotência fotográfica da altura também não favorece nada, a limitação do P&B tornou tudo feio...?... Será que Hitler, já na 2ª Guerra Mundial, se tivesse sido registado pelos maiores génios da pintura alemã, tal como os pintores franceses pintaram Napoleão, a sua imagem actual seria melhor?
De qualquer forma. As minhas imagens da 2ª Guerra Mundial já são a cores e vêm maioritariamente da arte do cinema (que também manipula cor...). Essas imagens, esses cenários, esses ambientes também tinham sido sempre do ponto de vista dos Aliados, do povo judaico ou do simples opositor à guerra. Então, já tinha percebido o "quem contra quem", quem era justo e quem era injusto (segundo os meus valores), o drama social, o drama... Bem, pela primeira vez vi um filme sobre a faceta Nazi, sobre a crença Nazi e sobre a inocência entre os Nazis. Vi homens a preferirem o suicídio a um mundo contrário aos seus ideais. Vi mães a preferirem matar os filhos a imaginarem-nos a viver num mundo sem nazismo. Vi um homem a ser idolatrado até à exaustão, mesmo quando ele próprio já nem sabia o que dizia e era um caso grave de demência. Vi crianças fascinadas pela ideia de poderem guerrear. Vi o ideal da destruição para possibilitar a construção de um mundo perfeito. Mais, vi a crença num mundo perfeito. Vi pessoas íntegras, vi pessoas da pior espécie.
Concluindo, não acredito no Nazismo, mas também não acredito no extremo oposto, pois, na minha opinião, o que os separa pode ser uma ideologia oposta, ou contraditória, mas isso acaba por ser uma fronteira muito pequena entre coisas supostamente tão diferentes. Acaba por ser tudo o mesmo: cabeças duras e facciosas.
E pergunto-me, não há ainda muitos ditadores no nosso mundo?? Não me refiro à política, mas ao dia à dia. Porquê? Qual é a necessidade incontrolável que o ser humano tem na sua afirmação?